Cinomose: tire suas principais dúvidas sobre a doença
30 de julho de 2020
Você já ouviu falar em cinomose? Essa é uma doença grave que afeta principalmente cachorros filhotes e idosos que estejam com a imunidade baixa, mas pode acometer qualquer cão, em qualquer idade.
Os sintomas do vírus são comuns e fáceis de reconhecer. No entanto, quando não monitorada adequadamente, a doença pode ser fatal. Continue lendo para saber mais sobre seus sinais, como tratá-la e como identificar o problema.
O que é a cinomose?
Segundo explica o médico-veterinário da Petz, Dr. Samuel Teófilo, a cinomose é uma doença altamente contagiosa e multissistêmica. Isso significa que, durante a evolução, ela pode ocasionar diversos sintomas e atingir todo o organismo.
Também conhecida como CDV, sigla em inglês para vírus da cinomose canina, a doença é causada por um vírus da família Paramyxovirus e tem alta taxa de mortalidade, além do risco de deixar inúmeras sequelas graves.
Como ocorre a transmissão da cinomose?
Muito contagiosa, a cinomose em cães é transmitida a partir do contato do animal com um pet infectado, de maneira direta ou indireta. Por isso, é importante evitar compartilhar acessórios como comedouro, bebedouro e brinquedos.
Além disso, deixar um cachorro confinado em um ambiente fechado com outro pet infectado estão entre as principais formas de transmissão da cinomose. E diferentemente de outras doenças caninas, o vírus pode sobreviver por até três meses no ambiente, mas não resiste a uma boa limpeza: ele é destruído por qualquer tipo de desinfetante.
Quais são os principais grupos de risco da doença?
A cinomose não é transmitida para seres humanos. Ademais, afeta somente os cachorros entre os animais domésticos, não sendo transmitida para gatos, aves, roedores, etc.
Já na natureza, a doença também afeta outros animais, como raposas e guaxinins. Portanto, se o amigo de quatro patas tem contato com esses bichos, vale redobrar a atenção.
Quais são os sintomas da cinomose?
Além de saber sobre o vírus, é preciso entender que seus sintomas são pouco específicos, comuns também em outras doenças. “Após a infecção, o cão pode apresentar corrimento nasal e ocular, perda de apetite, tosse e outros sintomas adversos”, enumera o Dr. Samuel.
A progressão dos sintomas da cinomose varia de acordo com as fases citadas abaixo. No entanto, nem todos os animais passam necessariamente por todas elas.
Fase respiratória
A primeira fase que apresenta os sintomas da cinomose em cachorro está restrita à respiração. Quando não tratada corretamente, pode ser elevada a uma próxima fase ou até levar a falência do pet. Fique atento aos primeiros sinais, como:
- Tosse seca ou com secreção;
- Pneumonia;
- Secreção nasal;
- Dificuldade respiratória;
- Secreções oculares,
- Febre aguda.
Fase gastrintestinal
Depois de afetar a respiração, o amigo de quatro patas passa a sentir desconfortos gastrointestinais. É imprescindível, que já a partir da primeira fase, o pet vá ao veterinário para tratar a doença. Portanto, preste atenção em sinais como:
- Vômitos;
- Diarreia (com possíveis estrias de sangue);
- Anorexia (falta de apetite),
- Dor abdominal.
Fase neurológica
Na terceira fase da doença, o pet passa a ter o neurológico afetado. E até antes ou durante essa fase, o cãozinho pode chegar a falecer. Por isso, se o amigo peludo apresentar os seguintes sintomas, leve-o a um veterinário imediatamente:
- Vocalização involuntária (como se estivesse sentindo dor);
- Alteração comportamental;
- Convulsões;
- Contrações musculares involuntárias;
- Andar em círculos;
- Movimentos de pedalagem,
- Paralisia.
Fase cutânea
Na última fase, o pet apresenta problemas na pele. Nesse caso, é importante observar atentamente qualquer mudança na aparência do amigo. Os principais sintomas são:
- Pústulas abdominais;
- Hiperqueratose (espessamento) nos coxins e focinho;
- Conjuntivite;
- Lesões na retina.
Como é feito o diagnóstico da cinomose canina?
O diagnóstico da cinomose em cachorro é feito pelo médico-veterinário por meio de uma combinação de exames clínicos, anamnese (entrevista com o tutor) e exames laboratoriais.
Entre esses últimos, o Dr. Samuel explica que os mais solicitados são o hemograma, o teste ELISA (que permite a identificação de anticorpos específicos) e o PCR (que busca o material genético do vírus). “O último é o exame mais eficaz para a detecção do vírus, feito a partir de amostras de secreções”, diz o médico-veterinário.
A cinomose canina tem cura?
Muita gente não sabe, mas ainda não há muitas alternativas para curar o pet da cinomose. “A cinomose tem baixa porcentagem de cura”, afirma o médico-veterinário.
“Não há remédios que combatam diretamente o vírus. E, mesmo quando o organismo do animal consegue vencê-lo, muitas vezes as sequelas neurológicas são graves e podem levar à eutanásia do animal”, completa o Dr. Samuel.
Como é o tratamento da doença?
Não existe um tratamento específico ou remédio para cinomose. Dessa forma, o tratamento é principalmente focado nos sintomas e em prevenir e combater infecções secundárias.
Entre os medicamentos que podem ser receitados pelo veterinário, dependendo da manifestação da doença, estão antibióticos, suplementos nutricionais, expectorantes, broncodilatadores, antitérmicos, anticonvulsivantes, etc.
De acordo com o Dr. Samuel, a acupuntura também tem sido indicada no tratamento das sequelas neuromusculares deixadas pela cinomose nos animais que sobrevivem à doença.
O que fazer para prevenir a cinomose?
Sabendo o que é cinomose, a prevenção fica mais simples: basta seguir o calendário de imunização com a vacina contra a doença e o seu animal terá uma chance mínima de se contaminar.
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Fonte: Blog Petz