Conheça o saruê, o marsupial brasileiro

3 de dezembro de 2020

Eles pertencem a família dos Didelphidae e seu nome científico é Didelphis Marsupicialis. Pelo Brasil, são conhecidos popularmente como gambá-de-orelha-branca, gambá-de-orelha-preta, timbú, saruê, raposinha e sariguê. Podem ser encontrados em quase todo território brasileiro e estão presentes também em outros países da América do Sul como Paraguai e Argentina.

Não oferecem risco algum ao homem, muito pelo contrário, contribuem também no controle de roedores e de outros animais, como por exemplo, os escorpiões.

Em regiões habitadas, normalmente são mortos por cachorros (seu inimigo número 1) ou por atropelamento. Porém humanos, sem conhecimento sobre a espécie, também contribuem para sua mortandade.

Conhecendo o saruê

O saruê tem hábitos noturnos. Em matas e áreas abertas, tem o costume de se refugiar no oco das árvores, local onde fazem seus ninhos com folhas e galhos secos. Nas cidades, também com o objetivo de abrigo seguro, buscam por forros das casas e instalações de edifícios.

Não são animais que costumam atacar. Quando se sentem ameaçados, apresentam dois comportamentos de defesa: fingem de morto e exalam um cheiro forte, com a intenção que o predador desista.

Características

Dentre as características físicas dos saruês estão: cabeça grande; focinho alongado e rosado; cauda grossa, afiada e sem pelagem; comprimento de 45 a 50 cm (sem contar a cauda); preênsil (cauda funciona como outro membro para auxiliar no deslocamento); pelos longos e grossos no corpo; ventre de cor clara. Apenas as fêmeas têm marsúpio, que é uma espécie de bolsa externa, como as dos cangurus e coalas.

Alimentação

A alimentação do saruê é bem diversificada já que são onívoros. Em sua dieta estão inclusos praticamente tudo: raízes, frutas, vermes, insetos, moluscos, crustáceos, anfíbios, lagartos, aves e serpentes (é imune ao veneno).

Já em locais urbanos alimentam-se de ovos e aves domésticas e de sobras da alimentação humana e de animais domésticos.
Em áreas rurais costumam atacar galinheiros.

Reprodução

A reprodução dos gambás pode ocorrer mais de uma vez ao ano. A gestação dura de 12 a 14 dias e podem gerar de 4 a 12 filhotes.

Em vez de filhotes, nascem embriões (cerca de 1 cm de comprimento e sem pelos), que dirigem-se ao marsúpio da mãe através da pelagem para encontrar as mamas onde ficarão agarrados aos mamilos por até quatro meses. Quando ficam grandes demais e a bolsa não consegue mais contê-los, o dorso da mãe será o local que passarão a serem transportados.

O que fazer se encontrar um?

Caso encontre um gambá na sua casa não acue, prenda ou mate o animal. O recomendável nesses casos é facilitar sua fuga (acontecerá normalmente no escurecer, por ser mais seguro para o animal e enxergar melhor no escuro) ou acionar órgãos especializados para fazer o resgate.

Como evitar – Se não quer correr o risco de ter saruês como hóspedes na sua casa, algumas precauções podem ser tomadas: vedar aberturas entre telhados e forros; acondicionar o lixo adequadamente; retirar sobras de rações.

Fonte: Revista My Pet